Fugir deste mundo confuso, revoltado, magoado.
Sair sem destino e esquecer os gritos e gemidos
Dos rostos frios e corações feridos,
Deste mundo de espírito rasgado.
Quero fugir.
Libertar-me dos prazos, das cobranças
Esquecer todas as dores e lembranças
Quero sorrir.
Fecho os olhos e desato a correr
Perco o ar, tropeço num precalço.
Grito. E enquanto caio nesse espaço
Agarra-me uma mão a ferver.
No escuro oiço um coração bater,
Sem gritos, sem choros, apenas um coração
De repente desisto de fugir, desisto de correr.
segunda-feira, 2 de março de 2009
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