quinta-feira, 31 de julho de 2008

Destino

O destino é assim. Faz com que nos cruzemos com milhares de rostos que nunca iremos voltar a ver, cria meandros de situações das quais não podemos fugir, leva-nos a sítios onde nunca pensamos ir. Faz com que meses se percam em segundos, e com que minutos pareçam anos.
O destino faz-nos conhecer pessoas certas nas horas erradas, troca-nos as voltas em menos de nada.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Estranho

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De coisas estranhamente semelhantes
De gestos estranhamente similares
Entre duas pessoas distantes
Surgem assim estranhos olhares…

Outrora vizinhos na lua
Hoje em terras distantes
Perdeste a alma tua
Em simples e breves instantes

E assim o furacão avassalador
Leva-me envolta nos seus ventos
Temendo a possível dor
Esquecendo os antigos lamentos.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Sentimentos

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Arrefecem e adormecem durante dias, meses, até anos. E de repente num estalar de dedos, numa fracção de segundos perante aquele olhar voltam cavalgantes, no seu esplendor máximo. E trazem com eles lembranças do passado e sonhos de futuros que nunca chegaram a acontecer. Tremores no estômago, noites em claro, medos sem fundamentos. Deixam-nos impotentes. Incapazes de medir os nossos actos, toldam-nos os pensamentos. As pernas ficam bambas e a respiração ofegante. Ainda nem os olhos o virão mas o coração solta-se numa corrida desenfreada mal ouve a sua voz ao fundo das escadas. Num instante perde-se toda a racionalidade qual baralho de cartas que cai por terra.

terça-feira, 8 de julho de 2008

No chão

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Sinto uma tontura repentina, perco a visão por instantes. Caio por terra qual baralho de cartas. Perdi as forças nos músculos, perdi a energia da alma. Fecho os olhos e desapareço durante minutos que parecem horas.
Batem-me na cara, abanam-me violentamente fazendo-me voltar a mim. Sinto um frio estranho percorrer pelo meu corpo, estremeço e acordo. Dizem-me que desmaiei, que estou fraca.
Tudo o que me lembro é de algo escuro como o bréu, como se tivesse sido engolida por um buraco negro.
Fraca, eu? Quem é capaz de dizer tal coisa? Sinto-me mais forte do que nunca, preparada para enfrentar talvez o maior dos desafios que algum dia sonhei enfrentar. Sinto-me capaz de vencer todos os obstáculos que se puserem no meu caminho.
Sinto-me... ou pelo menos quero fazer-me acreditar que sim.