quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Medo

O destino vem assim testar a nossa capacidade de aceitar desafios, de viver novas experiências, de mergulhar de pés e cabeça em algo que não sabemos se irá dar certo ou não. Surgem as dúvidas, as noites mal dormidas, a dificuldade em nos concentrarmos nas pequenas tarefas diárias. O medo. Esse terrível sentimento que se esconde dos nossos olhos e nos atormenta o coração, sempre à espreita, sempre pronto a atacar e a impedir que novos passos sejam dados. Eu tenho medo falhar. Tenho medo de sofrer. Mas acima de tudo tenho muito mais medo de nem sequer tentar vencer este medo.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

La Haine

C'est l'histoire d'un homme qui tombe d'un immeuble de 50 étages, le mec au fur et à mesure de sa chute il se repete sans cesse pour se rassurer :

Jusqu'ici tout va bien...
Jusqu'ici tout va bien...
Jusqu'ici tout va bien...
Jusqu'ici tout va bien...
Jusqu'ici tout va bien...
Jusqu'ici tout va bien...
Jusqu'ici tout va bien...
Jusqu'ici tout va bien...
Jusqu'ici tout va bien...

Mais l'important c'est pas la chute,
C'est l'aterrisage.


C'est l'hisoire d'une société qui tombe, et au fur et à mesure de sa chute se repete sans cesse pour se rassurer :

Jusqu'ici tout va bien...
Jusqu'ici tout va bien...
Jusqu'ici tout va bien...
Jusqu'ici tout va bien...
Jusqu'ici tout va bien...
Jusqu'ici tout va bien...
Jusqu'ici tout va bien...
Jusqu'ici tout va bien...
Jusqu'ici tout va bien...

Mais l'important c'est pas la chute,
C'est l'aterrisage.

Retirado do filme "LA HAINE"

domingo, 10 de agosto de 2008

Ódio

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Odeio os sentimentos. Odeio perder o controlo da minha racionalidade quando esta é superada pelo coração. Odeio perder as rédeas dos meus pensamentos que correm livres para ilusões que só me farão sofrer. Odeio ficar impotente perante sentimentos que avançam em mim como um vírus desenfreado que me ataca o coração. Odeio saber que mais uma vez irei sofrer e que nada consegui fazer para o evitar.

Odeio sofrer, odeio amar.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Destino

O destino é assim. Faz com que nos cruzemos com milhares de rostos que nunca iremos voltar a ver, cria meandros de situações das quais não podemos fugir, leva-nos a sítios onde nunca pensamos ir. Faz com que meses se percam em segundos, e com que minutos pareçam anos.
O destino faz-nos conhecer pessoas certas nas horas erradas, troca-nos as voltas em menos de nada.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Estranho

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De coisas estranhamente semelhantes
De gestos estranhamente similares
Entre duas pessoas distantes
Surgem assim estranhos olhares…

Outrora vizinhos na lua
Hoje em terras distantes
Perdeste a alma tua
Em simples e breves instantes

E assim o furacão avassalador
Leva-me envolta nos seus ventos
Temendo a possível dor
Esquecendo os antigos lamentos.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Sentimentos

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Arrefecem e adormecem durante dias, meses, até anos. E de repente num estalar de dedos, numa fracção de segundos perante aquele olhar voltam cavalgantes, no seu esplendor máximo. E trazem com eles lembranças do passado e sonhos de futuros que nunca chegaram a acontecer. Tremores no estômago, noites em claro, medos sem fundamentos. Deixam-nos impotentes. Incapazes de medir os nossos actos, toldam-nos os pensamentos. As pernas ficam bambas e a respiração ofegante. Ainda nem os olhos o virão mas o coração solta-se numa corrida desenfreada mal ouve a sua voz ao fundo das escadas. Num instante perde-se toda a racionalidade qual baralho de cartas que cai por terra.

terça-feira, 8 de julho de 2008

No chão

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Sinto uma tontura repentina, perco a visão por instantes. Caio por terra qual baralho de cartas. Perdi as forças nos músculos, perdi a energia da alma. Fecho os olhos e desapareço durante minutos que parecem horas.
Batem-me na cara, abanam-me violentamente fazendo-me voltar a mim. Sinto um frio estranho percorrer pelo meu corpo, estremeço e acordo. Dizem-me que desmaiei, que estou fraca.
Tudo o que me lembro é de algo escuro como o bréu, como se tivesse sido engolida por um buraco negro.
Fraca, eu? Quem é capaz de dizer tal coisa? Sinto-me mais forte do que nunca, preparada para enfrentar talvez o maior dos desafios que algum dia sonhei enfrentar. Sinto-me capaz de vencer todos os obstáculos que se puserem no meu caminho.
Sinto-me... ou pelo menos quero fazer-me acreditar que sim.

sábado, 14 de junho de 2008

Diferentes portas...diferentes caminhos

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Cada porta que se abre é uma nova oportunidade, um novo desafio que nos é lançado. O problema é que nem sempre nos sentimos preparados para avançar em direcção a um novo destino, nem sempre nos sentimos suficientemente fortes para dar o 1º passo em frente.
Quantos de nós não preferem ficar no sítio em que estão? Quantos de nós não se sentem seguros por conhecerem cada canto da sala onde estão há anos? Para quê arriscar a perda dessa segurança?
Isto supondo que depende de nós entrarmos pelas novas portas, supondo que somos livres de escolher.
Depois há os outros. Os outros que, como eu, são empurrados em direcção a portas pelas quais não querem entrar. Que são forçados a descobrir compartimentos dos quais nem sequer tinham conhecimento.
E naquele momento de transição sente-se um calafrio, um sentimento de ansiedade aliado ao medo que nos corrói a mente e o espírito.
Vêmo-nos numa sala, completamente desconhecida. Sentimo-nos desorientados como se por momentos perdêssemos todos os sentidos.
Fechamos os olhos e respiramos fundo, tentando acalmar o bater do coração, tentando reavivar novamente os sentidos... desejando em silêncio que alguém surja para nos dar a mão e guiar.

sábado, 31 de maio de 2008

Momentos

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Horas, minutos ou segundos. Encontros ao acaso e desencontros planeados. Olhares que se cruzam no meio da multidão. Sorrisos trocados com rostos que não voltaremos a ver mais. Palavras de afecto e gestos de repulsa. Tanto para viver em pequenos momentos...

domingo, 25 de maio de 2008

Nostalgia

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Saudades das ruas, dos cheiros, das gentes. Daquela língua incompreensível e ao mesmo tempo tão familiar. Da surpresa em descobrir que nem todos se tapam da cabeça aos pés, que nem todos se escondem atrás de caras taciturnas. Saudades da hospitalidade, da atenção, do afecto capazes de dar a simples estranhos que olhavam para eles como algo saído de um programa do National Geographic. Saudades da paciência que tinham em nos abrir as portas do seu mundo, desmitificando ideias, dando-nos verdadeiras lições de cultura, a nós, o dito Povo Ocidental, tão esclarecido e iluminado.
Saudades de Marrocos.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Improficuidade

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Corpo oco que geme no escuro
Vislumbrando um rosto voltado
Chamando por seres do passado
Frio, gélido e duro.
Perco-me em mim
Tentando relembrar o momento
Em que tudo teve fim.
Remoinhos de memórias
Pessoas, sítios, histórias
E no fim, tudo igual:
Um corpo repleto de dor,
De vazio,
De improficuidade.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

O belo do feriado

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Dia de descanso! De esquecer a azáfama do dia-a-dia e aproveitar para concentrar os pensamentos em coisas bem mais interessantes e relaxantes. E esta chuva? Quando é que nos dá um feriado?...

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Bateria

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Fim da 1ª semana de trabalho após umas semanas de ausência forçada. Dois dias para recarregar energias e ganhar vontade para mais uma semana de desafios!

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Pausa

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Quero parar este filme por uns minutos, e durante esses minutos refugiar-me no meu lugar secreto, pedindo conselhos ao mar e sentindo o aconchego da areia... parar por minutos esta incessante chegada de dúvidas, de novos medos que surgem a cada momento que passa...

sábado, 10 de maio de 2008

Meditação

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Sinto uma enorme necessidade de entrar no meu mundo interior e aprofundar o conhecimento que tenho dos meus próprios pensamentos e sentimentos.
Desenvolver a capacidade de SER sem fazer nada. Nenhuma acção, nenhum pensamento, nenhuma emoção. Sentir finalmente o grande prazer de apenas SER, sentir assim pela 1ªvez o significado de VIVER.
Om...!

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Recomeço

Devido a uns problemas técnicos o meu antigo blog: http://sentimentoslunares.blogspot.com terminou o seu tempo de vida. Como não sou de ficar com os braços cruzados decidi criar este novo projecto, o qual dará ênfase não só à parte escrita mas também à parte visual, aos pequenos detalhes que os meus olhos captam diariamente.
Assim, cá vou eu partir nesta nova aventura!